Fato: esse blog existe para mim e somente para mim. É assim, desde que a minha querida amiga Geórgia e um ex-amigo me abandonaram. Então, não me importo se o que eu escrever a seguir vá incomodar alguém. Senão à mim. Visitando e odiando blogs proibidos, me vi desejando lágrimas - que não vieram -, sufocando soluços secos e pensamentos bons, voltando minha total atenção ao intervalo de The Big Bang Theory e à minha pergunta: o que houve com meu conto de fadas? Ele existe. E está aqui... no momento, não sei porque, mentalizo Emilie Autumn cantando "it's so easy to read, but the book is boring me... you're so easy to read, but the book is boring me... is so easy to read, but the book is boring boring boring boring boring boring boring me...pray for me, if you want to, pray for me, if you care (...)", e eu sei que não é verdade. Meu senso dramático, aquele que inventa caras e bocas na frente do espelho, recitando frases inexistentes de filmes sem ação, me apresenta um roteiro novo e antigo, em inglês, em que eu supostamente teria que desistir e, como de costume, ser a minha vítima. O que me incomoda é que eu não sou, nunca fui, e talvez nunca serei a princesa do meu próprio conto de fadas. Quer dizer... não para mim. O que faz uma enorme diferença. Deve ter um motivo para eu me dar tão bem na área da propaganda. Sou criativa, tenho a mente fértil. Somando à minha personalidade fraca e auto-destrutiva, e às minhas longas e solitárias horas de puro tédio e desgosto pela vida, imagino meu próprio conto de fadas, maravilhoso, com um príncipe maravilhoso, que está com uma garota muito errada, e que no final a troca por aquela que sempre deveria estar com ele, desde o começo. "Se eu continuar visualizando isso, vai acontecer!" Tem razão. Devo lutar pelo meu maior sonho. Mas é tão difícil, e no momento é tão atraente encontrar um refúgio e chorar, e ser consolada por aqueles que realmente importam, se existirem. Ou seja: por mim. O que eu conto é tão comum e tão normal, e tão sem graça, um saco, mas é tudo o que consigo pensar. Sou uma ingrata? Muito! Sou muito, e não só em relação a isso. Descobri que faz parte da minha personalidade ser ingrata com as pessoas que realmente se importam com a minha felicidade. E o mesmo ódio que tenho por esse maldito conto de fadas, adulterado pela minha mente insana, tenho por mim. O que eu acho estranho é que fazia tanto tempo que eu não sentia vontade de lutar por aquilo que acredito. Eu conquistei... é meu. Mas sei que vou perder. E dou de ombros? "Droga, Anna Laura! Você realmente me enoja. Mas tanto faz, a decisão é toda sua!"
Às vezes eu sinto vontade de voltar a ser criança, só pra que tudo volte a ser sempre certo, que eu sempre saiba o que fazer e o que sentir.
Era pra ser de um jeito. Mas eu faço com que seja de outro, e eu não quero. Mas ao mesmo tempo devo querer, afinal, continuo fazendo sempre sempre sempre a mesma coisa. "Precisamos lutar contra isso". Não funciona. Talvez funcione daqui a um tempo. Um tempo.