sábado, 29 de novembro de 2008

E se ninguém souber quem realmente sou?

Quando eu estou com as pessoas, eu meio que sugo um pouco delas pra mim. E então eu me sinto, e ao mesmo tempo sei que não sou eu. Quando eu estou com ela, tenho vontade de rir, de chorar, de abandonar palavras só pra ver como é a sensação, de fazer tudo como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Quando estou com ele, sinto uma insegurança, um medo de se sentir rejeitado, e ao mesmo tempo uma vontade de se sentir alguém que faça a diferença, pelo menos pr'aquela que ele ama. Quando estava com os outros, o que era aquilo? Vontade de morrer, de me sentir abandonada, só pra saber que eu posso chorar por mim quando ninguém mais o fará. Mas quando estou com você... eu realmente não sinto nada. Não que o nada defina o meu normal de ser, seria um nada interno, um vazio, um quê de 'inacabado', como se tivesse desistido e dado de ombros pra tudo, pensando que rir não é problema algum, mesmo nas horas em que sabe que não deve. Fingindo que tudo está bem, quando não está.

E eu não consigo entender porquê ._.
Claro, todos tem seus problemas, não deveríamos ficar nos deprimindo por causa de uma ou outra coisa. Mas ignorar tudo? :/
Talvez uma nova bomba-relógio esteja se formando.
Ou talvez eu não seja capaz de aceitar essa atitude. Ainda não parei de me perguntar "como assim? Isso não pode ser normal, não é normal", não precisa ser verdade, mas... foi o que eu senti.

Talvez um dia eu consiga ser eu mesma.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Another day

Eu devo dar atenção pra cada coisa que divide a minha vida? '-'
Sei lá... não aguento mais não saber o que fazer. Uma parte de mim quer que tudo se resolva automaticamente, e aguarda sem paciência. Enquanto isso, a outra parte procura avaliar calmamente todas as consequências existentes para possíveis causas, e se sente perdida.

É justo? Nem um pouco.
Mas mentir pra mim mesma também não é.
E se eu não souber se realmente é mentira? ._.
Morro de medo de fazer alguma besteira, ao mesmo tempo me culpo acreditando já ter feito muitas. Porém, cada uma delas me deixou feliz, de alguma forma, em algum momento. E qual seria a minha prioridade?

Ficar sozinha e deixar que o mundo se exploda.
Mesmo que eu não deva falar sobre isso em fotolog, blog, qualquer lugar em que as pessoas possam ler, de alguma forma eu me sinto melhor expondo meus problemas e lendo os comentários. Sabe, acho que eu sou meio que nem o Dr. House, mesmo que a palavra nada tenha a ver com os sintomas do paciente, ele a relaciona com algum possível diagnóstico. De repente, quem sabe, me venha uma luz e acabe logo com isso. E mesmo eu sendo tão explícita, as pessoas não me entendem.

Ainda bem que quase ninguém conhece meus diários online.

domingo, 23 de novembro de 2008

Dando um tempo do Theddy.

É, cansei do Theddy. Por um tempo, ele entrou de férias, AI QUE SACO morra urso maldito, unfs.

Talvez eu tenha um sexto sentido apurado demais, tanto que isso me irrita. Por exemplo, eu sei que não vai acabar nada bem, mas eu continuo fingindo que é coisa da minha cabeça. No final, eu estava certa, e me arrependo de ser tão tonta ;)
Eu nunca fui de acreditar em coisas do tipo: "os sonhos são sinais", "coisas negativas e positivas", sabe, pelo menos até eu começar a me encrencar. Querer não enxergar o óbvio, tentando não acreditar. Será que eu consigo?

Não me desejem sorte. Acaba dando azar.

Será que eu ainda sou tão louca assim? ._.
A ponto de querer me afastar de mim mesma?
Ah, impressão sua, suponho. Ou até mesmo eu sou quem você sempre progetou para um perfil imprevisível e surpreendente, um tanto quanto robótico, que ainda acredita ser alguém, e pior, raro e único. Ou talvez Jesus Cristo faça parte de uma raça avançada de alieníginas que ainda observam a Terra.
Tudo pela ciência. Até mesmo... hum, pois é, tudo.










Que se dane o seu QI elevado.
HUNF

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Theddy, uma história

Olá, crianças, no nosso programa de hoje vamos falar sobre o ursinho Theddy. Apesar de ser um astro, um dos ursinhos mais famosos que já espalhou suas pelúcias por aí, sua história de vida esconde um passado sombrio e misterioso, com intrigas, traições e até mesmo assassinatos!

Tudo começou em 1820, quando um artesão bem velhinho, desiludido com a vida de solteiro e decepcionado com sua última criação de pau, resolveu abandonar a madeira e criar bichinhos de pelúcia na mesma noite em que Pinóquio fugiu pra Las Vegas com os três porquinhos. Era uma noite chuvosa, fria, as ruas estavam desertas (claro, né, tava chovendo DÃ), quando, de repente, o som que se ouviu foi muito maior do que os raios, o vento, e a TV ligada. Uma risada... monstruosa, eufórica, medonha, saída de uma boca velha, enrugada, e com um leve cheiro de algodão; Theddy estava vivo.

"Eu não me deixei levar por toda aquela fofura" diz Elvis, uma baratinha que presenciou o nascimento de Theddy. "Não conseguia captar expressão alguma em seu olhar. Era um olhar melancólico, sem vida; parecia mais um... arg... EMO!"

Pois é, crianças, quando Theddy nasceu não despertou tanta alegria assim. Mas isso não importava para Gepeto, seu pai. Ele amou a Theddy, assim como fizera com Pinóquio. Porém, as coisas começaram a complicar quando o nosso querido ursinho foi pra escola.

"Foi um desastre, pobre ursinho" diz Fada Madrinha, na época jovem e esbelta, professora de Theddy. "As outras crianças não gostavam dele. Os meninos nunca o chamavam para jogar bola, e as meninas nunca aceitavam quando ele as chamava para ir ao baile de primavera."

Crianças, aqui paramos para pensar em uma importante lição. Sempre quando um ursinho estiver na mesma sala que você, nunca o descrimine. Afinal, ele é um ser humano como você. Merece atenção, respeito, e carinhas felizes :)

Theddy estava abalado. Não queria levantar da cama, não comia direito, seu pêlo macio estava ficando crespo. E então, o desastre. Um dia, Theddy foi alvo de uma guerra de comida na escola.
"Foi engraçado, haha" diz Chapeuzinho Vermelho, ex colega de classe de Theddy.
Não, querida Chapeuzinho, não foi engraçado. Theddy ficou tão tocado, mas tão tocado, que resolveu fazer um pacto com o demo, também conhecido como a Bruxa da Bela Adormecida.
O que realmente ocorreu aquela noite ninguém sabe, ninguém presenciou o fato. Porém Elvis, a baratinha, nos conta os fatos seguintes.

"Foi um pesadelo. Gepeto estava preocupado, pois Theddy não havia voltado da escola no horário que costumava. As horas foram passando, passando, e começou a chover. Eu estava lá, no meu canto, só observando, quando a porta se escancara. Seguido de um raio, Theddy entra na casa. Eu não consegui reconhecê-lo! Seu olhar tinha uma expressão: a de um psicopata, um assassino sanguinário. Me escondi debaixo da poltrona. Gepeto ficou abismado, perguntou se Theddy estava bêbado, se sabia que horas eram (eram três da manhã, eu consultei). Mas Theddy não disse uma palavra. Apenas tirou uma faca de trás das costas e... oh! não posso suportar o final! Foi horrível!"

Pois é, crianças. Foi o primeiro assassinato que Theddy cometeu. O primeiro de muitos, MuaHuaHua....caham. Horrível. u.u
Quando a polícia foi averiguar na manhã seguinte, encontraram um ursinho de pelúcia manchado de sangue em uma cadeira de balanço. Foi então que Theddy começou a visitar uma psiquiatra, Barbie.

Foi encontrado uma carta rasgado debaixo da cama de Theddy, um tempo depois. Nele, Theddy se dirigia à Barbie.

"Querida Barbie. Quer tomar um sorvete?"

Foram as únicas palavras. Testemunhas confirmam que, depois que começou o tratamento, o sorriso de Barbie levou Theddy a repensar suas questões pessoais, e até mesmo reavivar a esperança em seu coraçãozinho malígno. Será?

Continua no próximo capítulo.