domingo, 28 de dezembro de 2008

Feliz 2009, desocupados

Sou eu ou é o mundo? ._.

Nas férias eu me sinto pior, porque eu tenho tempo para pensar. E isso me faz concluir que eu não sei p*rra nenhuma de nada. Não saberia responder quais os meus planos para 2009, o que eu espero da vida, o que eu quero fazer amanhã. Nem penso mais "eu quero sair", penso "eu deveria querer sair, será que eu quero?". Nem penso mais nos meus amigos, e fico com uma idéia idiota (mas nem tão inaceitável) de que eles estão distantes porque querem me evitar, hoho. Brigo com meus pais como sempre, quer dizer, nenhuma novidade, tudo o que eu vivo nessas férias eu já vivi antes, só que com um impacto que eu nunca senti antes.

Eu só olho pra mim, inclino a cabeça, e tento apreciar a curiosidade com que meus olhos me analisam. Me sinto uma criança, ingênua, querendo descobrir tudo o que já sei, só que com 16 anos a mais de experiência. O que não é muita coisa para umonte de gente, mas só é a minha vida inteira, eu não posso ignorar nada. Eu não quero ignorar nada, modéstia a parte eu acho que já vi e senti muita coisa que muitos deixam passar como meros detalhes; e é esse o meu problema, eu vivo nos detalhes, míseros e únicos, sei lá, eu sou apenas um detalhe na vida de qualquer um.

Apesar disso, sou o meu detalhe favorito :D

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Break the silence

Ah, o natal. Nada mais do que um almoço em família, um presentinho daqui e dali, umas palavras ou outras, e um sutil vazio para me fazer esquecer algum significado. Nada diferente do que algum aniversário, ou reunião, ou o que quer que pareça. Eu não sei o que é natal, nunca soube, todos dizem alguma coisa sobre ele (o natal), mas eu nunca tive o que dizer. Nem o que pensar. Nem o que sentir. Ah... eu não me importo. Meu natal é assim.
Mudando de assunto... Não consigo parar de ler um certo poema. Acho que um dos mais bonitos que já li. Não quero falar que poema é, nem quem é o autor, só sei que estava apaixonado. Mesmo que não por mim, mas eu adoro ler cada verso, cada estrofe, ler e reler mais uma vez, pensando se um dia alguém poderá me escrever algo igualmente cativante. Admiro quem sabe brincar com as palavras, queria eu poder fazer isso. Não só quebrar o silêncio por quebrar, dessa vez. Nem sei porque, às vezes me envergonho e me faço de boba, encontrando meu refúgio inventando olhares para apagar as palavras. Eu apenas não gosto do silêncio, ele espera que eu diga alguma coisa, me angustia, me atormenta, não encontro beleza alguma nisso. Insisto então em fazer qualquer ruído, mesmo se for só para abrir a boca e ouví-la estalar. Sabe, eu quero dizer algo, eu tenho que dizer algo, mas nunca tenho nada pra falar...
E deve ser por isso que meus posts são tão chatos pra mim ._.

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Regredindo ao futuro

É como se eu tivesse 50 anos. Só que ao invés de me arrepender das coisas que não fiz, estou me arrependendo das que não vou fazer. Se eu tivesse filhos, os colocaria no carro agora mesmo e dirigiria pra praia ou pra qualquer outro lugar. Se eu fosse casada, diria ao meu marido que o amo e sempre o amei. Se eu tivesse um emprego, o executaria com o maior prazer do mundo, mesmo se não for o emprego dos meus sonhos. Pegaria o telefone e ligaria para todas minhas amigas convidando-as para uma festa ou qualquer outra coisa que eu imagino que faria. Chegaria no meu blog no fim de tarde e escreveria como eu posso mudar minha vida em dois minutos. E tiraria umontão de fotos para poder me lembrar disso depois.
O mais estranho é que, mesmo eu não tendo nada disso, sinto-me realizada da mesma forma. E acho que, por enquanto, é tudo o que eu quero.

Don't tell me why

Lembro que nas férias passadas minha vida era completamente diferente. Meus pensamentos, sempre voltados à minha morte, nunca me permitiam ficar em paz. Misturava amor e ódio tão naturalmente que nem conseguia entender o que eu sentia, distinguia o certo como sendo errado, e me matava aos pouquinhos quando algum tipo de felicidade momentânea me abandonava sem deixar lembranças. Sinto as diferenças quando eu olho pela janela do meu quarto de madrugada. O frio que eu sinto é do vento, e não da minha tristeza. Os sons que vêm de fora são mais altos do que meus gritos. E eu brinco com a gravidade até certo ponto, sem desejo algum de me jogar. Tenho coragem de encarar as estrelas, e nem choro mais.

Quando eu me senti tão feliz? Nem consigo me lembrar direito, tudo não passa de uma apresentação de slides com um som de risadas infantis. De repente, comecei a esquecer tudo o que sabia sobre esperança, felicidade, acreditava nisso tanto quanto mitos. Eu, que sempre acreditei estar acima da liberdade, me limitava da minha própria vida.

Agora tá amanhecendo, no momento em que escrevo isso. Nada mais que eu pudesse desejar. A mudança do céu negro e hoje sem estrelas para o claro e azul, com direito a uma serenata tranquilizante, resume como foi possível esquecer a escuridão que sempre quis predominar em mim. Acho que eu estou pronta. Não queria que fosse algo do tipo "nasci de novo" ou "ressucitei dos mortos", mas como eu poderia definir melhor?

O céu está meio branco, com um esfumaçado engraçadinho. Certo, neblina. Mas acho engraçadinho. Agora dá pra ver o que tem lá em baixo. Bom, melhor eu parar por aqui, não quero me enjoar disso.

Ah, como eu queria que ele estivesse aqui...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ivana H.

Não sei se foi o tédio ou o suco de abacaxi com leite condensado que meu irmão fez pra mim, mas eu to sentindo uma vontade imensa de escrever sobre qualquer coisa que vier. Por exemplo, meu futuro profissional. Eu pretendo criar uma marca de bolsa em homenagem à minha terceira personalidade, Ivana Humpalot. Como todos sabem, uma das coisas que eu mais amo é comprar bolsa. Eu adoro bolsas (isso não me torna uma patricinha, acho melhor lembrar isso). Porém, as pessoas (os fabricantes de bolsas) estão com um mal gosto imenso hoje em dia. Só vejo bolsas feias e caras, então pensei: "meu... vou fazer minha própria bolsa!" E então ela será um sucesso, e um dia eu vou aparecer na Oprah (não).

Enfim. Como eu já escrevi bastante no meu fotolog hoje (e também porque meu irmão e minha mãe NÃO estão me esperando pra assistir Múmia com eles) já vou indo.
Beijos, queridos leitores inexistentes :*

domingo, 21 de dezembro de 2008

Hum...

Ítaca ou GDV? Ile ou Village? Zeca ou Luiz? Batom ou gloss?
É, por enquanto é isso aí.
A do Itaca e do GDV eu preciso resolver amanhã, bgs :*

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Quer saber?

Flórida - Eu detesto morrer fora de hora. Eu detesto me importar quando pessoas morrem fora de hora. Pessoas... digamos... aquelas que querem porque querem ficar ao meu redor, mesmo eu não querendo, mesmo elas não querendo, mas ficam. Não que sejam ruins, ou talvez eu que seja ruim demais pra elas, ninguém larga do pé de ninguém. Talvez se eu pedisse para me bloquearem, me excluírem, me esquecerem, talvez funcione. Mas eu não consigo fazer isso.

Anna - É tão momentaneo, mas parece que minha neura se agarra com o que era pra ser passageiro. Se uma pessoa demorou três minutos a mais pra me responder, eu já acho que tem algum problema, já acabo com tudo, já odeio tudo.

Ivana - E por que não? Odiar tudo me faz me sentir melhor, mesmo com todo mundo atacando isso de frente. De que adianta alguém te acusar sendo que ela nem mesmo se importa com você? Sabe, é por isso que todos são hipócritas, é muito fácil falar "não desista" pra quem se sente a palmos do chão, e depois chamarem você de "covarde, imbecil, que desiste de tudo fácil demais". Se quando eu amava eu sofria, por que quando eu odeio todos me acusam? É digno sofrer? Responde, é digno isso? Não mesmo! Odeio mesmo.

Anna - Ah, é porque tudo é ridículo demais, e a culpada nunca é você. Digo, eu. Digo, sei lá quem. Se eu to sofrendo por alguém agora, vai passar alguma hora.

Ivana - Lógico que vai, lógico que vai, mas e até lá? Bem, primeiro, você vai se perguntar porque o mundo é cruel. Segundo, vai jurar pra você mesma que não vai sofrer por isso, e três segundos depois vai estar no primeiro nível de novo só que bem pior. Terceiro, não consegue parar de pensar nisso por um segundo, e cada vez que lembra se deprime. Quarto, dez séculos depois, acredita que tem potencial para alguém melhor, mesmo achando que o/a idiota que te decepcionou era perfeita/o. Quinto, vai ficar esperando, esperando, esperando, querendo que chegue alguém. Mas vai chegar?

Anna - Sim.

Ivana - Nunca!

Flórida - E mesmo se chegar... quem garante que não vá te fazer sofrer tanto?

Ivana - Pois é. O ódio sempre tem justificativa, Queridinha, você já ouviu tantas vezes que amor e ódio andam juntos, simplesmente porque uma coisa gera a outra, o amor é o primeiro estágio, sabe, como a Mandy disse "o amor é para os fracos", e eu concordo plenamente.

Anna - ...........................quanta merda!

Ivana - Sabe, eu sei que você acha que eu sou toda malvada, rebelde, digamos, o seu lado mau de ser, mas sabe que eu tenho toda a razão. Afinal, quem sofre menos por aqui?

Flórida - Me entupam de sedativos logo.

Anna - Me entupam de sedativos logo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Don't stop

Sabe, parece até um filme, daqueles bem chatinhos.
Desistir de tudo com certeza é a atitude mais idiota, mais besta e mais ridícula que eu poderia tomar. E ser levada a sério também é bem patético. Tantas vezes que eu pensei nisso, nunca tive coragem pra pôr em prática, mas sabe, tentar ser feliz dessa maneira que eu to tentando não tá dando certo, tá muito longe de dar certo. Eu resolvi me privar da minha vida social, não quero mais que meus pais tenham motivos para me chantagearem depois. Ou antes, também. Eu sei que a minha felicidade se resume em sair com meus amigos, eu só me sinto viva quando eu estou com eles. Mas sei lá, eu sei que eu vou me afundar em depressão de novo, me matar aos pouquinhos de novo, e talvez sem ter a sorte de ser salva no último segundo. Talvez uma partezinha mínima de mim não queira isso, deve ser por isso que eu ainda me importe. Um pouco. Mas só por enquanto.

Beeijos :*

sábado, 13 de dezembro de 2008

Destino: crematório

Era uma das únicas pessoas que eu conhecia antes de frenquentar o lugar. Sabia o nome, ia com a cara, e tudo mais. Ficava do meu lado lá, era divertido conversar com ele. Era um cara legal, e sei lá, se eu tivesse conhecido ele melhor antes talvez eu teria muito mais o que falar agora. Mas como sempre acreditava que teriam oportunidades.
Eu não sei o que falar, eu não sabia pra onde olhar, não tava chorando, mas eu me sentia estranha. Quer dizer, é estranho sentir que nunca mais vai ver essa pessoa de novo. É estranho ver pessoas mais ligadas a ele desmoronando em lágrimas, ouvir a minha prima chorando, sei lá, eu nunca tinha ido a um velório, eu nunca fui num enterro, sabe... eu vou sentir falta dele. Eu ainda não parei pra pensar direito que vai ter um vazio do meu lado agora. Ainda não caiu a ficha.Eu até achei que eu era seca, fria, e todas essas coisas. Eu não tava chorando. Me sinto estranha, me sinto distante, me sinto superficial, mas eu não to chorando. To sem vontade de falar com as pessoas que eu gosto, sem vontade de responder meus amigos, sem vontade de conversar com eles... fui em uma festa que eu só vi a minha outra prima... ah, só vi ela se acabando mais e mais, e querendo me arrastar junto, e sei lá, tá acontecendo umonte de coisa, eu não to afim de chorar, mas eu me sinto sufocada... e tudo isso se mistura com o tédio das férias, com amores não correspondidos, com brigas sem sentido, com o estresse diário, com a falta que eu sinto de pessoas importantes...

Eu nem queria atualizar nada. Eu nem quero me ver online no msn. Quero sumir!
Mas mesmo assim eu tinha que desabafar de alguma forma, e a minha é escrevendo isso em algum lugar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

3:54

Arg... maldita sensação de não ser ninguém. Normalmente me pega de madrugada, não posso dizer que é de surpresa. Eu fico imaginando se ET's existem, se o teletransporte para outras eras é possível, e se um dia eu ainda participarei (e não só isso, me destacarei) em uma guerra média com espadas e tudo mais. Ha, ha.

E depois penso que minha vida vai ser só isso, tão simples...
Uma garota que um dia vai se casar, ter um emprego, e cuidar dos filhos. E quando notar, vou estar que nem meu pai, me perguntando que tipo de lembrança terão de mim. Às vezes me distraio criando uma emoção ou outra, mas só aquilo. Às vezes me imagino cantando as músicas que ouço, na frente de um público eufórico, me aplaudindo.

Se a minha vida for simples, vou conseguir me sentir feliz de qualquer maneira.