quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Boas expectativas

Não posso confiar, não posso me deixar levar, não posso acreditar, não posso sentir pena, não posso facilitar, não posso, não posso, não posso. Nem posso continuar sentindo isso, amor, decepção, não quero! Acho que, por mais estúpida que eu seja, eu não mereço nada disso. O ano nem começou direito, e eu já sinto aquela vontade de chorar, e chorar, e acabar com tudo, e desistir, e chorar mais e mais, e reclamar da dor, e não suportar a dor, e ter vontade de morrer, e não conseguir morrer, e chorar mais um pouco até secar. Me sinto solitária, não tem ninguém com quem eu queira falar, a não ser a Bruna. Me sinto deslocada de tudo e de todos, na verdade me sinto empurrada pra fora mesmo. Eu olho pra cima, pros lados, não vejo ninguém, eu quero ver alguém, eu quero ver você. Não, não quero ver você. Se eu te ver sorrindo, eu vou sorrir também, vou esquecer que eu preciso te esquecer. Se você me puxar daqui, eu posso fazer renascer o que estou matando dentro de mim, o meu amor por você, eu não quero que ele sobreviva, porque senão eu não sobrevivo; nunca, em toda minha vida, encontrei uma dor maior que esta. Prefiro que você nem olhe pra mim. Prefiro que me deixe aqui, como se eu nunca tivesse feito parte da sua vida. Não vai ser difícil pra você, não vai ser novidade pra mim.
Eu não posso te amar.
Aliás, eu não posso amar ninguém, pelo visto.

3 comentários:

Georgia disse...

eu juro que não te deixo sozinha de novo!

;*
(L)

Caroline disse...

Foi com esses problemas que aprendi a contar comigo mesma, sou meu porto seguro.

Unknown disse...

yep. as they say: "me, myself and I". maybe some drinks too.