Minha felicidade momentânea se resume em uma longa viagem, uma estrada, com muita música, óculos escuros, sol e vento, e a paisagem. Se estiver no banco da frente é melhor. Sem parar em nenhum lugar, sem ouvir ninguém, longe dos gritos e das reclamações, até sentindo falta de uma ou outra pessoa em especial. Até me fez esquecer a mistura de amor e ódio que meu pai sente por mim, e fiquei só com a primeira. Achando que era o que eu vivia todos os dias, me arrependendo de ser uma "filha má", e querendo sorrir quando eu encontrasse com ele.
Pena que as coisas sempre voltam ao normal.
Ao mesmo tempo, meu lado masoquista aproveita cada minuto em que eu me torturo por me sentir trocada por alguém que nem deveria ser alguém. Perco meus amigos na medida em que ela os enfeitiça, não os joga contra mim diretamente, eles se deixam levar. E gostam. E se esquecem.
"Be strong", repito pra mim. Eu devo gostar da maneira com que isso soa, um tom trêmulo que sobrevive por restos de esperança.
3 comentários:
Parabens Anna, você escreve muito bem e seu blog é limpo e bastante organizado!!!
Beijos!
felicidade é sempre momentânea. mas umas duram mais que outras.
bjo
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