segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nova postagem

Estou de férias, hora de voltar aqui.
Sim, sim, estou de férias, passei direto (graças ao conselho fui aprovada em geografia), e estou acordando tarde todos os dias! E vocês não.
Ah... como era ótimo escrever aqui em dias como esse.
Aqueles dias maravilhosos que são estragados por apenas um detalhe.
Claro que nunca são detalhes intencionais. A culpa é toda sua, pois você é um neurótico e cria uma intriga a partir de qualquer coisinha totalmente insignificante.
O que eu acho interessante nisso tudo é o diálogo interno das minhas personalidades a respeito do assunto. A Anna chora feito uma criança sem saber o que pensar, a Ivana acha tudo isso uma palhaçada e é a favor de medidas radicais, e a Flórida tenta desesperadamente convencer as duas de que tudo não passa de um pequeno mal entendido. Minha paz de espírito some quando eu dou alguma importância à individualidade de cada uma delas, quando suas opiniões são contrárias e acabam me levando a uma "sala de espera" enquanto decidem o que EU devo fazer, pensar, sentir, essas coisas humanas. E, enquanto eu espero, escrevo aqui, tentando ajudá-las a tomar alguma decisão.
:D
eu sou doidinha. Isso tá começando a me... assustar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Preciso disso

ódio, ódio ódio ÓDIO odio
A quanto tempo não desejava precisar disso de novo.
Não o fato de odiar... mas ser odiada.
Eu acho que já escrevi sobre isso aqui antes, mas foda-se, eu escrevo de novo, eu preciso.
Ser odiada por falar besteiras, fazer besteiras, com vontade de magoar pessoas, pessoas que amo, que não me odeiam, por que não me odeiam? Eu sinto como se elas devessem me odiar, eu quero que me odeiem, quero que joguem tudo na minha cara, que me façam chorar, gritar, odiar, odiar, odiar... me odiar. E ao longo do tempo percebi que essa minha raiva sádica, misturada com um certo prazer, só vai embora quando eu consigo o que queria: magoar alguém que eu amo. E então, como sempre, as pessoas resolvem falar que estou errada. Porra eu sei que eu to errada, eu odeio que me falem alguma coisa, tinham apenas que me ouvir estragando tudo, não quero que abram a boca, só piora as coisas. Só me fazem voltar para a realidade na pior hora possível.
Quando eu percebo o que está acontecendo... não sei o que fazer.
Quando dei por mim, acabei com tudo, falei coisas, consegui o que eu supostamente queria.
E então o meu prazer vai embora, a raiva, tudo. E fica só o resto. A minha mágoa por mim mesma, a mágoa que deixei em outras pessoas, e a mágoa que outras pessoas deixaram em mim - essa última passa quase que despercebida. E então eu sinto algo me perguntando o que vou fazer agora. Sinto que a culpa é....
Cara, eu sou doente? Eu uso drogas? hauhauha
Parece que eu sou perfeitamente normal. Me dizem que eu sou perfeitamente normal. Maas... eu só não sei me controlar. E acontece do nada, do nada.
Se eu fizesse essas coisas consciente do que eu to fazendo...
Mas é como se eu fosse um robô obedecendo ordens que aparentemente eu mesma crio.
Quem seria normal demais pra ter prazer no ódio que as pessoas sentem por mim?
Pra estragar uma relação que sempre trouxe apenas alegrias?
E depois eu é que tenho que consertar isso tudo.
Ah... é normal?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Publicitário não come, degusta o produto.
Publicitário não faz ligação, faz prospecção.
Publicitário não cheira, sente a fragrância.
Publicitário não toca, examina o design.
Publicitário não dá a resposta, cria outra pergunta.
Publicitário não conquista, persuade.
Publicitário não tem destino, tem target.
Publicitário não ouve barulho, ouve ruído.
Publicitário não fala, envia mensagem verbal.
Publicitário não procura endereço, procura praça.
Publicitário não escuta, decodifica a mensagem.
Publicitário não tem idéia, tem brain storm.
Publicitário não recebe resposta, recebe feedback.
Publicitário não tem memória, tem repertório.
Publicitário não lê, decifra o código textual.
Publicitário não pergunta, faz pesquisa.
Publicitário não ouve música, ouve trilha sonora.
Publicitário não tem lista, tem mailing.
Publicitário não copia, se inspira.
Publicitário não vê outdoor, vê mídia exterior.
Publicitário não dirige, faz test-drive.
Publicitário não falece, é que seu ciclo de vida chegou ao fim.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mais uma vez...

Droga. Bom, declaro logo no começo que esse é meio que um post que não precisa ser lido, é um daqueles que servem só como um grande desabafo. Sobre? O de sempre, meu pai. É, aquele que sempre tem razão sobre tudo, aquele que pode se alterar só porque não sabe como resolver seus problemas, aquele que não precisa pedir desculpas por me ofender simplesmente porque tem a liberdade de se alterar quando quiser e ninguém pode reclamar disso, aquele que constrói sua própria fama e diz que são os outros que o julgam mal, que acredita que ninguém tem problemas além dele, e que acha que pode me chingar e brigar comigo na frente de todo mundo sendo que ele nem deveria se intrometer em algo que está entre eu e minha amiga. Pelo menos meus amigos sabem pedir desculpas, sabem reconhecer que estão errados, e eu também sei, portanto o incidente de hoje com a minha amiga está resolvido, porque nós nos desculpamos uma pra outra. O problema é o meu pai. E dessa vez eu nem levantei a voz. Eu pedi calmamente para que ele não tocasse no assunto na frente delas, que havia acontecido algo ruim que eu não tava com cabeça pra comentar naquela hora, mas que depois eu explic... de repente eu me torno a mesma vagabunda de sempre, que sempre fode com a vida dele, que estraga tudo, e em um tom agressivo. Bom, elas chegaram. "Oi, podem sentar, se servir, essa garota aqui tá com essa cara de bunda mas fiquem a vontade, tá?". Sim, ele ficou falando de mim pra elas, duas vezes. E isso nem foi o pior. O pior foi quando começou a brigar comigo na frente delas porque eu sai da sala (sim, eu já tinha acabado de comer, e eu não estava nem um pouco afim de chorar na frente de ninguém). E ainda ficou falando mais ainda de mim pra minha mãe, que chegou na pior hora possível. Foram embora. Eu ia com elas, mas eu mal conseguia respirar. Expliquei o que aconteceu pra minha mãe, ela foi se entender com meu pai, e por incrivel que pareça aquele ignorante ficou repentindo que eu era muito esperta de ter conseguido transferir a culpa pra ele.
Meus olhos estão inchados de tanto chorar, minha mente até que está tranquila agora... sinto como se meu coração estivesse afundado em tanta tristeza, mas ao mesmo tempo está calmo, firme. Não que eu não estivesse me importando, mas como se eu tivesse forças pra aguentar todas essas merdas que, somadas com essa de hoje, destroem minha vida.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Amar não basta. Meu sorriso, minhas palavras, meus pensamentos, nada existe. Tudo apenas... voltou ao normal. Com a pequena diferença que eu tenho um grande refúgio agora. Consigo improvisar minha felicidade me alimentando da alegria alheia; mais precisamente, dos seus sonhos, dos seus sorrisos, das suas palavras... porque tudo o que ele diz parece me fazer sentir bem. Tudo o que ele faz parece ser por mim. E quando ele sorri, quando diz que está animado, ansioso, parece que sou eu quem está animada e ansiosa por algo que, até então, não parecia querer ter importância. Mesmo eu me empolgando é apenas por alguns segundos, logo volto ao meu normal. Mesmo assim eu sei que eu tenho que sorrir, porque eu não quero perder seu sorriso. O que está acontecendo? Por que logo depois de eu ter uma nova razão pra viver eu volto a chorar todas as noites? Por que eu perco a paciência tão fácil novamente? E por que eu quero sofrer? Amar não basta... o que falta para eu ser feliz?

domingo, 24 de maio de 2009

Sweet seventeen

Me sinto... adulterada. Semi adulterada.
Meus 16 foram meus melhores 16, agora vamos ver no que vai dar (:
É, eu fico meio chatinha mesmo na época do meu aniversário. A felicidade e ansiedade, assim como a vontade de explorar meu novo eu e apreciar descobertas novas, meio que sobem demais na minha cabeça. O dia 24 de maio tem um cheiro próprio, um clima próprio, um sabor próprio, que eu nunca cansei de aproveitar. Um dia por ano em que eu sei que me sentirei no paraíso, não importa o que aconteça. Em que eu me permito ser feliz sem limites, fazer o que eu quiser, ficar em harmonia comigo, meu presente pra mim mesma. Apesar de estar ficando mais velha, me sinto mais nova, diferente, interessante; querendo sentir meu desabrochar e contemplar minhas idéias que até então elaboradas por uma mente não tão madura; e ser mulher.
Parabéns pra mim, yeah.

sábado, 16 de maio de 2009

Inferno astral (?)

Daqui a pouco vou ter 17, adeus idade mais legal do mundo.
Sim, a minha vida inteira eu sempre quis ter 16 anos. Acreditava que ia acontecer alguma coisa maravilhosa, inesquecível, que eu iria levar comigo até o fim, que mudaria a minha vida, sei lá.
Enfim, hora de fazer um balanceamento, começando pelo dia 26 de maio do ano passado (ou será que foi dia 25?). Parada gay, vi meus amigos de Salto, beijei uma garota pela primeira vez na vida, andei sozinha pela Paulista às oito da noite (sozinha com um milhão de pessoas), andei em um ônibus eufórico e achei que foi a melhor coisa do mundo. Foi uma experiência incrível na época, minha chapinha até aguentou aquela putaria toda.
Eu dei uma festa de aniversário, e mesmo algumas pessoas não terem ido eu me senti bem. É raro eu comemorar algum aniversário meu hoje em dia.
Conheci pessoas maravilhosas, me senti uma pessoa maravilhosa (haha).
O melhor de tudo: conheci o John. E agora eu o amo, e não consigo imaginar minha vida sem ele.
É. Foi a melhor idade de todas (:

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Consequências da felicidade

A primeira delas é a certeza de que você pode ficar triste a qualquer momento. Que nem os ciclos daquele tal de Kondratieff: a prosperidade, ao alcançar o auge, declina, e gera a depressão, seguida de um longo processo de recuperação aguardando uma nova e melhor prosperidade. Mas quase ninguém pensa nessa consequência, e acho isso bom. É que nem você descobrir que tem Aids. Então, vamos pular isso.
A segunda consequência é que você abandona totalmente o seu lado poético melancólico criativo, aquele autor de todos os seus textos e poemas dignos de serem lidos, gerados pelos sentimentos mais devastadores que um dia você criou. Ao abandonar esses sentimentos, você abandona a necessidade de desabafar. E adeus, postagens antigas, geralmente - quase sempre - as melhores que você já escreveu na vida.
A terceira é que você se dá conta de que você disperdiçou quase metade da sua vida chorando por algo que agora é MUITO idiota, mas que na época você jurava que era MUITO importante, chegando a declarar que ninguém te entendia e nem queria entender. É, não mesmo. E você continuava idiota o bastante pra continuar nessa, esperando que alguém te desse colo do nada. Pois é, olá parte humilhante. Se você se cortava, pior. Seus pensamentos cicatrizam e ninguém pode enxergá-los além de você, mas ter aquela evidência de idiotice mental clara no seu pulso? Ora, faça-me o favor.
E a quarta... é que você fica bem tosco. É, bem tosco, gritando que a vida é bela, sorrindo pra todo mundo, e invejado por aqueles que vivem como você vivia antes. E você os chama de idiotas, ou se for menos cruel sente "pena" deles. Do nada, percebe que você está usando uma blusa cor de rosa. Estranho, mas parece tão normal!
A quinta é que todo mundo sempre tenta arruinar sua felicidade, de uma forma ou de outra. E você nem percebe, porque está no efeito bobo alegre. Por que será que nas novelas os mocinhos sempre são os idiotas e os espertos sempre são os vilões? A felicidade te deixa burro, meu caro. E você só vai conseguir acabar com os vilões quando se ver arruinado de novo, e tenta alcançar a felicidade. De novo.
A sexta é que a felicidade me fez abandonar este blog.
Adeusinho, internautas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Putaria numérica

Era um dia feio, e estávamos estudando matemática 2.
E então eu tive que parar para ouvir isso:
Renata: "No começo foi tão legal! Começou com a bissetriz, com a abscissa e a ordenada. Muito bonitinhos. Depois foi para distância entre dois pontos. Tudo bem até aí. O ponto médio chegou meio de intruso, mas até que ele era simpático e eu deixei ele ficar. Daí já foi pra equação reduzida da reta. Não gosto dela. Ela se acha só porque tem Y, M e X! Mas fazer o quê, né... Até que a inequação chegou. E eu quis sair, mas não pude. Mas não acreditei quando vi o ângulo entre retas. Aí já me chamou de puta! E distância entre o ponto e a reta? É o cúmulo!"
É.

terça-feira, 24 de março de 2009

O dia em que briguei com a minha bicicleta

Eu não teria relembrado esta trágica história se uma bola de vôlei não tivesse quebrado minha unha e me obrigado a deixar o treino. Na verdade, não quebrou, eu apenas fingi que tava sentindo muita dor pra sair dali, porque eu não estou em um dos meus melhores dias. Neste caso é melhor sair da quadra do que atrapalhar as outras garotas realmente boas. Ás vezes queria que alguns professores meus pensassem dessa forma ¬¬
Uma bicicleta passou sem iluminação nenhuma na frente do carro. O que seria normal, se não fosse quase oito da noite. Na verdade FOI normal, porque ela não passou exatamente na frente do carro, tava a uns dez metro de distância (sim, eu a vi). Não sei que cara eu devo ter feito, porque meu motorista (na verdade, minha mãe) me perguntou ironicamente se eu nunca tinha visto uma bicicleta antes. Sim, ironicamente.
E então eu me lembrei do dia em que briguei com a minha bicicleta.
Eu devia ter uns seis anos de idade (na verdade, eu digo que tenho essa idade para todos os episódios da minha infância; na verdade, eu nunca lembro quantos anos eu tinha; na verdade, a única coisa que eu tenho mais ou menos certeza que aconteceu quando eu tinha seis anos foi quando uma bicicleta - qualquer tipo de semelhança é uma mera coicidência - sugou meu pé para dentro da roda em velocidade e me fez chorar muito e estragou a viagem pra praia; na verdade, eu que sem querer coloquei meu pé ali). Enfim, eu tinha seis anos de idade, uma bicicleta vermelha duas vezes o meu tamanho e um espírito brincalhão que nunca se dava por satisfeito. Por incrível que pareça, passei a maior parte da minha vida me socializando com pirralhos e explorando o meu condomínio todo santo dia (na verdade, eu não passava da terceira rua porque não gostava do resto, e também porque cansava ir até a quadra). Portanto, uma bicicleta incrível nas mãos de uma piveta como eu teria que estar igualmente disposta a brincar 20 horas por dia.
O que eu não imaginava é que ela não foi muito com a minha cara, e infelizmente não percebi isso logo. Eu deveria imaginar, pois várias foram as tentativas frustradas de pedalar o máximo que eu podia sem cair. Como eu disse, eu era uma criança de seis anos, como iria imaginar que uma grande traição estava para acontecer?
Eu já conseguia pedalar um pouco melhor. Queria novos desafios. Uma rampa, quem sabe. Uma rampa bem íngreme. E lá estava eu, pedalando, em direção a subidinha que tem perto do lixão no estacionamento de pedrinhas. A subida foi um sucesso, porém percebi o perigo na hora de fazer a curva. Deveria ter sido um trabalho em dupla, mas minha bicicleta não estava muito afim de cooperar. E então, o desastre: caí. Mas caí feio. A humilhação era quase pior do que o ralado no joelho. Afinal, aquela era a rua mais empivetada do condomínio inteiro; e, como vocês sabem, pivetes nunca ficam dentro de casa. Eu não deixaria aquilo barato.
Eu me levantei primeiro, e comecei a chutar a minha inimiga. Ela, a ingrata, não mostrava se surpreender com minha raiva; seu plano havia dado certo. Era uma longa reta até meu portão, e aceitei a companhia apenas de olhos curiosos, sem dar muita atenção a eles. Minha bicicleta? Bem, na época eu não sabia muitos palavrões, então não podia mandá-la se foder. Sem trocar palavra alguma, a abandonei exatamente onde ela havia caído. E lá ela ficou.
Entrei em casa com uma fúria tremenda. Liguei a TV, e tentei me concentrar. Porém, como eu era bem conhecida entre a pirralhada, todos notaram que era a minha bicicleta ali. Inocentemente, vieram me avisar que eu havia 'esquecido' minha bicicleta na subida do estacionamento.
- Eu não tenho bicicleta.
Não lembro quantas vezes tive que repetir isso. Foram muitas!
Por mim, ela ficaria ali pra sempre, passando frio e fome, sentindo muito a minha falta, e se arrependendo amargamente do que fez. Eu não estava nem aí.
A rua finalmente estava silenciosa, a noite caía. Era a deixa para as mães chamarem seus filhos para o banho e para o jantar. Tudo ficou deserto; apenas podia se enxergar os rastros de destruição deixado por nós, pirralhos. Algumas plantas arrancadas, alguns chinelos perdidos, areia faltando no parquinho, e uma novidade: uma bicicleta abandonada na rua. A minha ex-bicicleta. Traidora, sem vergonha. Não merecia ser notada, nunca!
Mas foi. E pela minha mãe.
- Você vai até lá pegar a sua bicicleta, agora!
Traída duas vezes no mesmo dia. Pela minha mãe e minha bicicleta. Nada podia fazer, sabia que estava recebendo ordens de uma superiora. Fui, mas fui contra a minha vontade. Toquei em seus guidões, estavam gelados (acho que era inverno). Não subi nela, apenas a guiei até o portão. Contra a minha vontade. Porém, no caminho, fui percebendo o quanto adorava sua companhia. O quanto aquele barulhinho de roda e pedal me animava. O quanto a minha bicicleta era linda. Realmente, era uma das mais legais daquela rua, senão do condomínio inteiro. O quanto eu senti sua falta.
Eu não disse uma palavra, mas acho que ela me entendeu. Estava quietinha também, olhando pra frente, poderia dizer que estava cabisbaixa, mas não me lembro bem. Não estava com o mesmo ar metido que sempre teve. E na metade do caminho já havíamos feito as pazes.
Nunca mais caí daquela bicicleta. E nunca consegui fazer manobras tão incríveis como naquela época.
Hoje em dia não sou tão louca de vitalizar coisas inanimadas. Quando brigo, não são com bicicletas, infelizmente hauhua. Fazer as pazes com pessoas é bem mais difícil :~
E é por essas e por outras que a nostalgia pode ser algo perigoso para um ser humano ¬¬

segunda-feira, 23 de março de 2009

Chega!

Okey. Muitos me perguntam porque eu tenho tanta necessidade em magoar as pessoas. Na verdade não, eu só quis começar o post de hoje com isso. Seria menos solitário do que dizer 'eu me pergunto porque tenho tanta necessidade em magoar as pessoas', mas não faria muito sentido eu me perguntando uma coisa dessas, pois eu sou orgulhosa e não to nem aí pra ninguém, como MUITOS falam de mim.
Acontece que pessoas como eu, impulsivas e idiotas, talvez vivam em um mundo imaginário que palavras não fazem sentido quando todos podem ler seus pensamentos. Entendeu? É por isso.
Em outras palavras, eu não sei.
Mas podemos esquecer tudo isso com um picolé de morango. Eu prefiro de limão, mas limão não é poético, é azedo. Eu também prefiro saltitar em vez de andar por aí, mas isso é considerada uma atitude bem bizarra, executada por pessoas insanas com placas enormes de 'mantenha distância porque eu sou uma pessoa insana que faz coisas bizarras, entre elas te fazer passar vergonha na rua'. Eu também prefiro pintar minha unha de azul do que de rosa, e também prefiro fazer uma prova de química orgânica do que escrever uma dissertação sobre a crise mundial. Prefiro assistir Bob Esponja do que BBB, prefiro girar na cadeira de rodinhas do que ir pra praia, e prefiro subir em árvores do que fazer compras. Prefiro falar de assuntos idiotas no meu blog do que escrever coisas interessantes. Acontece que no final tudo é igualmente inútil, que eu não me importo.
Prefiro magoar as pessoas do que fazê-las gostarem de mim. E por que?

domingo, 22 de março de 2009

Sweet little lie

Um dia estranho, uma noite estranha, e um sonho estranho. Estranho no sentido 'uma mistura de coisas que se tornam insuportáveis quando somadas'. Não sei se a pior coisa foi me ver engatinhando no carpete em um vídeo que eu havia esquecido até minhas amigas quererem assistí-lo, ou se foi esquecer as coisas boas e ruins por um momento enquanto eu girava minha cabeça naquele showzinho medíocre, que eu até gostei, ou se foi ter roubado algumas energias negativas naquela putaria toda, depois me trancar no banheiro por dez minutos querendo morrer até eu ser a única a sentir minha falta. A dor era pior quando eu pensava no meu passado. Minha mãe estava tão linda naquele vídeo, nem parecia que já chegou a ser feliz um dia. E aquele bebê, não era eu. Eu não queria pensar que eu também já fui feliz, que eu perdi toda a minha inocência e amor próprio, porque eu não sei se eu me amo ou me suporto, apenas admiro aquela puta maquiada de cabelo liso no espelho. Me tornei fútil, idiota, pensando que meu interesse pelo vestibular me salvaria de todas essas acusações igualmente inúteis. E minha cabeça só dói, dói, e dói, e eu não quero pensar em mais nada a não ser no John, mas quem aparece não é ele. Tive que fugir de vampiros, de lobos, e de pessoas inconvenientes. Mas eu preferiria continuar nesse sonho do que lembrar de tudo que aconteceu. Só sei que eu não aguento mais e não sei o que fazer, e a dor de cabeça está tão insuportável que eu não consigo jogar meus problemas pro ar. Ah, se você estiver lendo isso, Vinicius, desculpa pelo que eu vou dizer agora. Ontem a noite foi a pior noite até agora. O barzinho era legal até, as pessoas pareciam divertidas e sociáveis (menos eu), e eu poderia ter aproveitado isso, mas não deu. Ninguém teve culpa de nada, eu só tenho um problema que na verdade não é um problema, só que eu não posso contar pra ninguém porque ninguém vai entender, acreditar, ou sei lá. E eu to cansada dessa merda de dor de cabeça! Que saco, e ainda tenho prova de história amanhã.
Acho que vou me trancar em casa nos fins de semana até o ano que vem.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Remember Me

It's safe to say I'm lonely now
A place called home is just a memory away
I know I've done this all before
A thousand silent voices begging me to stay

Apologies all left unsaid
Secrets better left unspoken
Dreams are slowly put to bed
Rumors stirred and reawoken

If I try to get away
How long until I'm free?
And if I don't come back here
Will you remember me?

It's safe to say I'm nothing now
It's all so quiet but I can't forget the sound
A thousand voices call my name
A thousand hands that pull me back down to the ground

I turn away from what you are
Denying all that you have given
I find a place that's safe and far
In time all will be forgiven

If I try to get away
How long until I'm free
And if I don't come back here
Will you remember me?

- Okey. Eu sei que é chatíssimo ler letras de música no blog dos outros. Nem eu leio as músicas que postam (huahua desculpa Bruna). Só que eu me sinto tão vazia, mas tão vazia, que cada palavra dessa música entra na minha cabeça e fica brincando com o eco que tem lá dentro, não me deixando em paz. Haha, tosco, tosco, lero lero.
- Ontem me estressei legal e não quero lembrar de nada ;)
- As dúvidas que acabam comigo agora são... sérias, e eu to perdidinha, não sei o que fazer :~
Pela segunda vez me abandono e deixo tudo para o destino resolver. Não deu certo da primeira vez, mas foda-se, sempre me falaram para nunca desistir e sempre tentar mais uma vez, e mais, e mais, e mais, até dar certo (Y)
Lembrei até do Cazuza agora ._.
- Tenho uma teoria de que algumas pessoas se embebedam por substâncias imaginárias. Como provavelmente deve ser o meu caso. Eu bebo café no ar e fico elétrica, eu me drogo com a respiração dos outros, e acho que eu to brincando comigo mesma, e quando dou por mim não lembro de mais nada e as imagens se duplicam.
É, eu falo sério! .-.
- Como eu sei que ninguém lê posts compridérrimos (regra um), to tranquila :)
- Caralho, você vai lembrar de mim se um dia eu me matar? Se um dia eu simplesmente sumir? Se um dia eu descobrir que seu nome não está no meu futuro? Porque.. acho que do jeito que eu sou, eu vou ._.
E por isso eu sou idiota.

Quem aposta em quantos dias eu apago essa m*rda? HAHA, sou a única, vou apagar assim que eu voltar aqui, Beijos.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Felicidade contagiante

E é imaginando a cena que se pode perceber o quanto tudo é falso e devastador. É criando um luar distorcido pelo lixo tóxico que sai dos nossos pulmões, pelos sons que não se distinguem, pelas roupas que se perdem na noite, pelos pensamentos que não existem e pelas lágrimas suicidas que são ignoradas até um certo ponto. Esquecendo os últimos dias, até então os melhores dias, até perceber que nunca foram, que nunca serão.
Não servem pra mim.
Fugir daquilo que foi destinado a você não é muito fácil, é impossível. Os sentimentos antigos voltam no auge daquilo que foi o seu maior refúgio, quando menos se espera. E nunca se espera. A felicidade volta a ser um sonho, no caso, um pesadelo; e tudo some, não porque fogem, mas porque precisam sumir.
Não aguento mais o amor que eu tanto desejei, e que quando consegui se tornou inútil. Não aguento mais as pessoas me procurando, me querendo, adorando a diversão. Não aguento mais ter que rir quando quero chorar; não aguento mais ter que fingir que está tudo bem; não aguento mais nada, nada, nada! E por que?
A felicidade, por ser contagiante, acabou comigo. Nunca estive tão feliz em toda minha vida. E não, isso não é bom, porque agora eu quero morrer, mais do que nunca! E isso não é uma frescurinha daquelas emos que não sabem viver, eu sei viver, eu quero viver, mas ao mesmo tempo me sinto rasgar por dentro, querendo que tudo acabe, querendo voltar a ser quem eu sempre fui, aquela garota odiada, que sangra a todo momento, que chora pelos cantos, que quer sumir e, no final, se joga do abismo. E por favor, eu imploro, mais do que nunca, que ouçam meu grito e que me ajudem, porque eu to cansada de isso sempre acontecer.

Caribbean Blue

Nossa. Eu vim aqui decidida que eu tinha que vir e escrever alguma coisa, mas quando eu cheguei me dei conta que não tinha nada planejado ._.
Sem contar que eu to caindo de sono, e que meu pai me mata se eu não sair em 7 minuto. Bem, agora 6. Vamos ver o que posso fazer até lá.
Sinto um cheir agradável de charuto de chocolate, que vem da minha janela. Não sei porque falei isso, mas bom, é uma das coisas que mais ocupam minha mente agora. Também porque esse cheiro nunca foi estranho na minha vida, mas em outros lugares, com outras pessoas, e tudo mais. Okey, lembranças, certo? Nada ruins. O resto é o quanto eu me diverti esses últimos dias, indo pra piscina a noite, com a maravilhosa vantagem de que o protetor solar se torna inútil (odeio ter que passar protetor solar :~). Sem contar que eu me sinto magra e popular, UAHSUAHSUASH. Parei. Outra coisa que não me deixa em paz (e, por favor, não deixe) é planejar como será terça feira. Será que vai ser o dia mais feliz da minha vida? Ou não? Ou será que na hora eu pense em outras coisas, mude de idéia, e fique ansiosa pra próximas vezes, ou fico com o pensamento de que 'poderia ter sido bom, poderia ter sido ruim, poderia ter sido, pelo menos', e sei lá. Hauhau, não, Bruna, não vai rolar. Não vou querer que role. Eu sei disso.
Um minuto. Melhor eu ir. Senão eu pasmo mais, que nem na piscina com aquela bola flutuante, me fazendo acreditar que eu podia viajar no tempo e atravessar as nuvens, ou algo do tipo. Até eu mergulhar de novo.
AH, cansei, Beijos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O que é a justiça?

"É arriscado dizer ao povo que as leis não são justas; pois ele só lhes obedece porque as julga justas. Eis porque é preciso dizer-lhe, ao mesmo tempo, que é preciso obedecer porque são leis, do mesmo modo que é preciso obedecer aos superiores, não porque sejam justos, mas porque são superiores. E, assim, eis qualquer sedição prevenida, desde que se possa fazer entender isto; e é propriamente essa a definição de justiça." Pascal.
Me ajudem a pensar alguma coisa sobre isso? Tenho uma redação de filosofia pra entregar dia 6/03 ._. UAHSUASHUASH
Beeijos :*

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Nightmare.

Pesadelos toda noite. Pelo menos, só na vida imaginária.
Porque, por enquanto, minha vida (real?) tá boa, por enquanto, por enquanto.
E é isso que me dá medo ._.
Mas até que ponto um sonho pode mexer tanto comigo?
Mesmo coisas bobas, não querem sair. Talvez criem emoções ruins para o dia, talvez por isso eu esteja assim agora. Desmotivada, sentindo aquele soluço preso, e sem ter o consolo das lágrimas. Precisando ouvir o que já sei, mas desejando o ódio, a raiva, a razão para ficar assim. Não um ódio qualquer, um ódio que nasce com o amor. Um ódio que se gera em uma frase, um olhar, um sentimento até então imbatível mas que morre fácil, que se mata por qualquer coisa, não sobrevive para dar lugar ao prazer que eu tenho de odiar os que me amam, de amar odiá-los, querendo mais ainda que eles percebam e que se magoem, muito, muito, muito, que se matem, que se sufoquem, que não se importem para que eu possa odiá-los mais ainda. Odiar o mundo, odiar a vida, odiar... e sentir-me tão repugnante, ter nojo de mim, ter raiva, ter ódio. Comprar briga fácil. Achar que qualquer coisa é motivo para uma alteração negativa no humor. E odiar ter que me arrepender, e saber que vai acontecer de novo.
Sorte minha que já estou acostumada. Acho que já estou aprendendo a lidar comigo, e com as outras bastardas que moram dentro de mim. Não vou cometer nenhuma besteira dessa vez, não sou mais tão idiota. Mas isso não significa que eu não sinta vontade...
O que me resta é... chorar. Por dentro. Gritar, querendo que passe logo. Antes que alguma coisa aconteça, e piore tudo.
Por que eu sinto isso?
Por que o tempo todo?
Não posso dizer que não aguento mais... já me sinto meio que indiferente, ou talvez... especial. Não preciso de atenção...
Ah. Daqui a pouco passa.
Beijos :*

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ah...

Minha cabeça está doendo, e tem motivo: o idiota do professor de literatura. Apesar da minha tranquilidade de afirmar que esse aí não dura nem até as férias (apostas anotadas atrás do meu horário escolar, by the way), eu já tenho vontade de que caia uma bomba ou algum estudante psicopata queira atirar em mim na aula dele (pena que eu pareça ser a única estudante psicopata daquela birosca). Hoje eu cheguei ao ponto problemático crucial, fiquei batendo minha cabeça na parede duríssima a fim de apagar (razão pela qual minha cabeça está doendo até agora).
Ainda por cima, descobri que Camões preferiu salvar Os Lusíadas de um navio que estava afundando do que salvar sua antiga atual amante. Mas não se choquem não, ele escreveu um poema pra ela depois que ela morreu afogada. Que romântico.
Por outro lado, hoje teve aula de geografia. Ah, aquele professor gato, gato, gato, gato, que usa cuequinhas brancas *--* -q
Finjam que não leram isso.
Beijos :*

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Remote Control (System)

Só para eu me lembrar da aula de inglês de hoje. Inútil, como sempre, e só deu eu e a Renata tentando descobrir o verdadeiro significado de 'remote'. Que eu ainda não saquei, pra falar a verdade, e acho que nem quero.
Ah, só eu mesma para me impressionar tanto com detalhes. Detalhes, mas exatamente aqueles que nunca são notados. Ou até são, mas ignorados. Coitadinhos, por que as pessoas são tão cruéis com os detalhes? (tosco. eu sei.)
To falando isso por certos motivos especiais. Muitos, na verdade. Só que eu não quero falar, porque é muita coisa, e ninguém se interessaria, e tipo, e daí, são apenas detalhes inúteis.
Senti falta do blog mesmo... como o fotolog está um SACO, vim expressar minha enorme alegria aqui. Ou... melhor não.
UAHSUASUASH eu sei que ia começar a viajar aqui, mas resolvi me poupar.
Vou ouvir Smashing Pumpkins que eu ganho mais.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Oi, diário

É tão mais fácil viver no passado... com todos os problemas que agora não são nada pra mim. Ultimamente tenho tendo tantos momentos nostálgicos, sinto falta de lugares que hoje não são os mesmos, de pessoas que talvez nem lembrem de mim, fico pensando nas coisas que até então não conhecia, e se sentiria falta delas se nunca as conhecesse. Ah... por que meu passado me parece tão fácil, tão simples, agora que eu consegui parar de chorar e entender melhor por que coisas acontecem? (Dã.) Eu deveria preferir o presente, agora que eu tenho meio que a vida que eu sempre sonhei pra mim (os sonhos são sempre melhores também). Mas agora o passado me parece tão aconchegante...
Eu deveria parar de ouvir Secret Garden.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Love myself better than you

Minha felicidade momentânea se resume em uma longa viagem, uma estrada, com muita música, óculos escuros, sol e vento, e a paisagem. Se estiver no banco da frente é melhor. Sem parar em nenhum lugar, sem ouvir ninguém, longe dos gritos e das reclamações, até sentindo falta de uma ou outra pessoa em especial. Até me fez esquecer a mistura de amor e ódio que meu pai sente por mim, e fiquei só com a primeira. Achando que era o que eu vivia todos os dias, me arrependendo de ser uma "filha má", e querendo sorrir quando eu encontrasse com ele.
Pena que as coisas sempre voltam ao normal.
Ao mesmo tempo, meu lado masoquista aproveita cada minuto em que eu me torturo por me sentir trocada por alguém que nem deveria ser alguém. Perco meus amigos na medida em que ela os enfeitiça, não os joga contra mim diretamente, eles se deixam levar. E gostam. E se esquecem.
"Be strong", repito pra mim. Eu devo gostar da maneira com que isso soa, um tom trêmulo que sobrevive por restos de esperança.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Boas expectativas

Não posso confiar, não posso me deixar levar, não posso acreditar, não posso sentir pena, não posso facilitar, não posso, não posso, não posso. Nem posso continuar sentindo isso, amor, decepção, não quero! Acho que, por mais estúpida que eu seja, eu não mereço nada disso. O ano nem começou direito, e eu já sinto aquela vontade de chorar, e chorar, e acabar com tudo, e desistir, e chorar mais e mais, e reclamar da dor, e não suportar a dor, e ter vontade de morrer, e não conseguir morrer, e chorar mais um pouco até secar. Me sinto solitária, não tem ninguém com quem eu queira falar, a não ser a Bruna. Me sinto deslocada de tudo e de todos, na verdade me sinto empurrada pra fora mesmo. Eu olho pra cima, pros lados, não vejo ninguém, eu quero ver alguém, eu quero ver você. Não, não quero ver você. Se eu te ver sorrindo, eu vou sorrir também, vou esquecer que eu preciso te esquecer. Se você me puxar daqui, eu posso fazer renascer o que estou matando dentro de mim, o meu amor por você, eu não quero que ele sobreviva, porque senão eu não sobrevivo; nunca, em toda minha vida, encontrei uma dor maior que esta. Prefiro que você nem olhe pra mim. Prefiro que me deixe aqui, como se eu nunca tivesse feito parte da sua vida. Não vai ser difícil pra você, não vai ser novidade pra mim.
Eu não posso te amar.
Aliás, eu não posso amar ninguém, pelo visto.